terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Diálogo/monólogo

 Falamos com tanta gente no decorrer de nossos dias, de nossas vidas... Mas com quantas realmente conversamos? Quantas vezes encontramos pessoas com as quais vemos nossos olhares e nossas palavras se encontrarem, se entenderem e se perderem, por terem se entendido? Poucas. Falamos sem parar, sobre o tempo, sobre o futebol... mas quantas vezes nos sentimos a vontade pra falar com alguém sobre os temporais que frequentemente se tornam nossos pensamentos? Para falar do grande sacrifício de marcar um gol nessa vida, de driblar os problemas, enrolar esse grande juiz chamado tempo e garantir a prorrogação de bons momentos?
 Alias, quantos momentos podemos dizer com certeza que foram bons? Com quem podemos dividi-los? A quem podemos contá-los? Com quem podemos vive-los? Não sabemos. E não sabemos porque no meio de todas as palavras ditas, não havia conexão, nem entre elas e nem entre os indivíduos que as proferiam.
 Nós vivemos em plena era da informação, falamos muito. Com quem está perto, com quem está longe... mas falta verso. Falta conversar, mas conversar com verso. Falta deixar as coisas fluírem com naturalidade, verdade e confiança. Confiança... atualmente, uma palavra desconexa, perdida sem rima no meio da frase... como encaixa-la? Como encontrá-la em nós e nos outros? Com verso. Conversando.

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