sábado, 22 de janeiro de 2011

Espera

Embora o meu amor, como uma nuvem, arda e se extinga na luz tristíssima do poente, ainda te espero: Vem, que a distancia não tarda a sobre a nos abrir as asas, tristemente.

Há muito que te guardo e a minha alma te aguarda na mais doce ilusão de que viras contente, dissipando, a sorrir, aquela parda névoa que a solidão me pôs no coração descrente.

Vou-te esperando assim por toda a vida, como o pássaro que sempre espera o entusiasmado inicio da alvorada a surgir no canto da alegria.

E não me importa que seja inútil a esperança:
Muitas vezes na vida o bem que não se alcança não seria tão bom se se alcançasse um dia.