quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

viajem

Vou viajar, e não levo nada.
Vou procurar a resposta que não encontrei no canto do rouxinol, no sorriso das pessoas, no perfume das flores... Deixo-te meus poemas.
Relê-os quando o silêncio do universo oprimir-te, quando a inquietação tomar conta de ti.
Celebrei o perfume das flores, o sorriso das pessoas, mas nunca desenhei algo que simbolizava a melancolia.
Uma noite, quando vires a lua, lá no alto, solitária, pensa um minuto na poetisa cuja tristeza foi tão grande que viajou para um lugar de onde nunca, nunca se volta.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Convicções

Tudo é simples
para quem adia sempre o momento.
Tudo é nada
para quem descreu
de si e do mundo
È ninguém e nada sabe
sente-se só mesmo rodeado
de pessoas.
Foge de si mesmo
tentando se encontrar
corre ansiosamente
atrás de não sabe o quê...

Uma pálpebra que bate desesperada
Um cigarro impossível de acender.
Uma arma tão absurda quanto o frio, o sono, a hora, a vida...
Solidão e tristeza nas noites,
lágrimas que escorrem,
vozes que não são ouvidas,
pedidos de socorro em cada olhar
Busca frenética de afetos...