quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Made in TV


Às vezes, eu paro para reparar nas pessoas que estão em minha volta, naquelas que vejo com frequência ou as que vejo muito raramente, mas enfim...
Ando percebendo que ninguém está satisfeito, ninguém está realmente feliz.
Parem e pensem: qual foi a ultima vêz que você viu uma pessoa dizer que gostava realmente do rumo em que estava sua vida?!
Difícil né?
Na minha opinião, as pessoas não estão felizes por coisas que, às vezes, nem elas mesmas sabem. Por exemplo: A MÍDIA.
Aí você se pergunta: o que a mídia tem a ver com isso? Qual é a culpa dela por as pessoas não estarem felizes?
Eu respondo.

A televisão, por exemplo, vende para as pessoas uma felicidade, uma alegria, amores... coisas que se você for avaliar friamente e com razão, são muito poucas as pessoas que vivem essa realidade ( muito poucas realmente).
Não acreditam!? então parem para ver um pouco de televisão. Você vai ver alguma novela que retrate um amor perfeito, ou que fale sobre alguém que está totalmente satisfeito com sua vida.
Você vai ver inúmeros comerciais e programas que falam sobre a vida e as pessoas de forma ingênua e perfeita, mostra ideais de beleza os quais as pessoas querem seguir. Mostram a moda que elas devem querer aderir. Você começou a entender? Ainda não?!
Então deixe-me ser mais objetiva:
A mídia desde sempre ditou tendências, ideais e formas de vida para que as pessoas desejem. Mas o que acontece é que não é assim tão fácil. Não é assim tão simples.
Suponhamos que uma pessoa que já não esteja se sentindo bem com sua vida PARE PARA VER algum comercial ou novela, ou qualquer coisa que mostre esse tipo de felicidade que nelas é retratada. O que vai acontecer?
Essa pessoa vai se sentir ainda mais infeliz com sua vida, por que não tem o corpo daquela atriz, ou por que não tem aquela casa e aquele emprego.
Uma esposa pode perceber que seu marido não é EXATAMENTE aquele "Brad Pitt" que abriu a porta do carro para a namorada entrar. Um homem pode se dar conta que não pode dar para sua família aquele padrão de vida tão desejável... A lista é infinita!
E isso tudo resulta em uma só coisa: INFELICIDADE.
Infelicidades que gera insatisfação. Insatisfação que gera brigas. Brigas que podem levar ao divórcio de um casal, por exemplo que estaria muito bem obrigada, se não tivessem parâmetros tão irreais para comparar com a própria relação. Leva uma jovem NORMAL a tornar-se BULÍMICA ou ANORÉXICA siplesmente porque a revista A, B, ou "consultores de beleza" dizem (com seus manequins) que o número da sua calça DEVE ser 36. E assim caminha a humanidade.

O meu conselho é:

Parem de se influenciar pela mídia,
Pare um pouco de achar que só vai ser feliz se tiver, se for e se quiser
o que a mídia quer que você queira. Seja você mesmo.

Viva a seu modo, seu padrão, toque a sua vida da maneira que lhe for propícia e que melhor se encaixe em sua realidade. Aceite seu corpo de acordo com seu biotipo.
E como diria Herbert Vianna: "cuide bem do seu amor, seja quem for"... Cada pessoa expressa sentimentos de um jeito, não significa que tenha de fazer "assim" ou "assado".

Não viva imaginando como a sua vida seria SE você tivesse aquilo, SE você fosse daquele jeito, o SE não é real. A sua vida sim.

Então decida-se:
Você quer o que você realmente quer,
ou você quer o que a mídia quer que você queira?

Essência

 De esperanças e limites me sustento no habito de viver a vida em si mesma, no sonho que se perde na sua mais restrita eternidade.
 Alem da noite, a rota das estrelas desperta antiga mágoa em meu silencio. E Essa estranha alegria irrevelada acolhe o meu olhar em desespero.
 Entre as pedras do caminho escolho o rumo mais longo. Mas pressinto na curva da viajem a distancia, já concrava, morrendo sobre a cumplicidade do horizonte.