Sentada na minha loja observando quem passa, observo um menino de aproximadamente 5 anos e sua mãe passarem.
Ele anda olhando pros lados, pra cima, se demorando, mas sem prestar
muita atenção em nada. A mãe vai puxando, quase que arrastando o menino
absorto na paisagem, sem o menor esforço. Ela esta simplesmente andando.
Enquanto andam, ele se vira para olhar a vitrine da otica, quase
parando totalmente de frente pra ela, como quem viu algo pelo qual vale a
pena parar no meio do caminho. Mas a
mãe continua andando como se nada tivesse acontecido, levando o menino
pra onde ele deve ir. Ele, por sua vez, nem olhava pra ela, mas seguia
sua direção.
Observando isso, cheguei a conclusão que nós somos o
menino e Deus é a mãe. Muitas vezes não temos ideia do que estamos
fazendo ou pra onde estamos indo durante a vida. Olhamos em volta,
distraidos por todos os acontecimentos e os prazeres, tudo o quanto
achamos digno de ser olhado. Mas as vezes, paramos em frente a uma
vitrine. As vezes, algo é maior em nós do que todo o resto que está ao
redor, algo finalmente nos é digno de atenção e temos vontade de parar e
ficar ali mesmo apreciando aquele amor, aquele momento, aquele emprego,
aquelas amizades. Mas Deus, em sua infinita sabedoria, sabe que ainda
temos um caminho a percorrer até chegarmos onde ele sonhou pra nós, como
a mãe sabe que precisa levar o filho pra casa embora ele não se de
conta disso.
Devemos ser como esta criança, que apesar de relutante
em deixar pra trás o brilho encantador da vitrine e de, ao mesmo tempo,
parecer nem notar a mãe que o está conduzindo para longe dali, confia
nela e segue o chamado de quem ele sabe que é digno de confiança.
Que possamos confiar no caminho para o qual o Senhor nos conduz.