terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Persistência

 Tristonha sonhadora, com o mesmo anseio a sufocar teu peito a cada manhã, caminha em busca do ideal perfeito que é como o dia azul que se evapora... Mas mesmo assim vai atrás dele! Ignora tudo o que se diz a seu respeito.
Desdenha a sombra e adora a luz. Bendize a glória de seres livre, e canta, seja hoje! porque amanha é tenebroso e não podes ver além da curva que há nesta estrada pela qual palmilham teus pés.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Política x Politicagem

Com toda a certeza é muito mais fácil viver alienado em um mundo ilusório e perfeito do que bater de frente com a realidade que nem sempre é exatamente o que agente acha ou o que agente espera que seja. Ver as coisas como elas são, enxergar o mundo por trás do mundo, o governo, a politica, é algo realmente importante. Você ter conciencia dos problemas do meio em que você vive é meio caminho andado pra resolve-los. A outra metade disso consiste em iniciativa, estudo, suor, protesto. Mas ficar inerte e nem sequer se dar ao trabalho de saber o que acontece no pais não te torna apenas uma pessoa acomodada e conformista, te torna um idiota que merece ser governado por alguém ainda pior que você. Platão disse uma vez: O maior castigo para aqueles que não se interessam por política, é que serão governados pelos que se interessam.
E ai entra outro problema, o que é ser política? (isso mesmo, ser, não fazer). O fato é, fazer politica e ser politica, são coisas totalmente diferentes. Na época dos antigos gregos a palavra política significava viver a cidade (literalmente aquele que viva na polis). O cidadão que pensava no que era melhor para o bem-estar de todos. Isso é ser politica. É governar por um bem maior, pela coletividade, o bem estar de todos como indivíduos e ao mesmo tempo, para a sociedade como um todo.
Em contra partida, fazer política é o que vemos os "políticos" fazendo nos dias de hoje. Se preocupando apenas consigo mesmos, usando o poder apenas pelo que é conveniente. O governo se tornou quase que totalmente elitista. Quase não se vê participação do povo, que já se conformou com a realidade de que "todo político é corrupto". Não sei o que me revolta mais: a deturpação do conceito de política, ou a deturpação da própria política pelos que estão no poder, mas que se avaliarmos a palavra original, não podem ser chamados de políticos.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

A brevidade da vida

 Se um de nós morresse amanha, nada mudaria para o mundo, nenhuma diferença seria sentida pela população mundial. Nossa ausência somente seria sentida pelos que se importam conosco, e mesmo assim eu não acho que sejam muitos, sinceramente. A questão é a seguinte: as pessoas se acham tão grandes e importantes... Com seus dogmas, ideais falidos e irrefutáveis, suas verdades absolutas... Todos pensam que são indestrutíveis, que nada os ferirá e por isso eles podem fazer qualquer coisa. Justificam seus atos falhos e inconsequentes com a brevidade da vida, pelo fato de que o amanha talvez não virá. Mas nós não somos assim tão grandes! na verdade, a grandeza reside nas nossas ideias, nos nossos atos, e não em nós como Pessoas propriamente ditas. 
 O que somos nós em relação ao mundo? ao próprio universo? Não somos nada. Somos uma pessoa como tantas outras que passaram por esse teatro, saíram e foram esquecidas. È muita pretensão achar que algo nos difere além da real essência de nossas almas, que é a única coisa que levamos.
 Vejo que as pessoas tem dado valor as coisas erradas, que poucos estão investindo em algo realmente produtivo. Não é incomum vermos quem esteja gastando todo seu tempo com coisas fúteis, sem darem nenhuma importância ao futuro, limitando seus horizontes a irrealidade do simples e passageiro momento.
 Parece que pensam que suas vidas são ilimitadas, que sempre haverá mais uma oportunidade para fazerem certo o que eles sabem que estão fazendo errado. Mas não é bem assim. Um dia, todos vão acordar e ver o que perderam. O que suas vidas poderiam ter sido se tivessem se esforçado para alcançar seus objetivos. 
 Todos os dias fazemos escolhas. As vezes involuntárias e rotineiras, mas as vezes, decisivas. Estamos a todo momento escolhendo o próximo passo, a próxima palavra. Estamos constantemente decidindo o tipo de pessoas que somos e que seremos por muito tempo.  Pensar assim assusta um pouco, por que nos lembra quão frágil são nossas vidas, como são breves.
 Vivemos pensando que somos grandes, imbatíveis. Nada pode nos abalar. Nos enganamos tanto... Tudo nos sujeita e nos oprime. Uma mudança climática brusca, uma queda de pressão, uma arritmia cardíaca, e pronto. Tudo pelo que lutamos (ou não), tudo o que fomos, o que queríamos ter sido, nossos sonhos, projetos e planos, aprisionados pra sempre nas areias do tempo que com tamanha inconsciência vivemos desperdiçando. 
 Nascemos vazios, incompletos, e ao longo de nossas vidas nos enchemos de esperanças e projetos, que acabam se esvaindo, um a um, pela nossa falta de força de vontade. E assim seguem a maioria das vidas: sendo menos do que nasceram para ser, se permitindo serem menos do que são. Por nossa própria culpa, morremos cheios de sonhos e planos que não foram realizados. E todo o tesouro que tínhamos em nós, que nunca foi trazido ao mundo, é enterrado em longos vales de esquecimento, onde se juntam com os sonhos de outros, e formam assim um enorme cemitério, onde se encontra enterrado todo o real potencial da alma humana.
 O mal do século passado foi a depressão. E vejo que o mal do próximo século, ou até mesmo deste, será a síndrome de Peter Pan. Para os leigos: é um distúrbio psicológico onde a pessoa, já adulta, percebe que não quer mais crescer, que quer ter determinada idade para sempre, para poder viver e realizar coisas que não foram feitas na época devida. 
 Um dia, acordaremos com a sensação de que há algo faltando em nossas vidas, que poderíamos ter sido grandes e não fomos por preguiça, falta de vontade, perseverança, e tentaremos desesperadamente correr atrás de um tempo que a muito já se foi, sem jamais termos as mesmas oportunidades que tivemos. 
 Por isso, temos que tomar cuidado, e agirmos sempre da melhor forma possível, visando não só o agora, mas também o futuro. Para que um dia não nos olhemos no espelho e pensemos como pensou Oscar Wilde: "Como a vida fora uma vez delicada!".

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Prisões contemporâneas

 Hoje parei pra pensar em como as pessoas vivem presas. Dominadas, submetidas.  Escravas das coisas, das situações, das pessoas, do trabalho, das redes sociais e principalmente de si próprias... A verdade é que comecei a pensar nisso depois de uma proposta de redação um tanto diferente. E sobre o tema fiz tantas conjecturas que seriam necessárias várias redações pra falar tudo que eu estava com vontade de dizer, ou pelo menos mais linhas do que se pedia. Mas aqui não tenho restrições, então, se preparem.
 O fato é que pensar nisso perturbou por algum tempo as minhas definições de liberdade. Isso porque, talvez pela primeira vez, eu parei para vê-la sobre todos os pontos de vista ao mesmo tempo, e não de um ou outro de maneira isolada, o que me deu, por incrível que pareça, uma visão mais ampla do que eu teria conseguido com uma análise demorada do assunto. A rapidez das informações e ligações foram inacreditáveis.
 A verdade é que tudo nos sujeita e nos oprime, até mesmo as coisas que julgamos nos darem prazer. Um bom caso disso são as redes sociais. Este é um dos casos mais claros de como não nos damos conta do quão dependentes ficamos de algo que antes, não fazia tanta diferença.
 As incontáveis horas que passamos em frente ao computador, poderiam ser usadas de formas mais produtivas, temos um horizonte infindo ao nosso alcance, e muitas vezes nos limitamos a expor nossas vidas sem nenhum pudor. Vemos frequentemente pessoas que não tem um minimo de discernimento do que se é desnecessário divulgar. Uma série sem fim de vulgaridade, perda de tempo e de energia são gastas sem que nem ao menos consigamos nos dar conta disso.
 Mas, se levarmos em consideração a época em que vivemos, acharemos absolutamente normal. Isso porque achamos que estamos tão avançados tecnologicamente, que estamos livres de coisas tão ilusoriamente banais como o cerceamento de nossa própria liberdade. O que me leva a outro tema, não menos interessante ou complexo.
 Atualmente, é indispensável estudarmos e trabalharmos para conquistarmos um objetivo, e isto está absolutamente certo. O problema, é que muitas vezes, as pessoas perdem a noção do que é saudável. Não é incomum, por exemplo, vermos pessoas recebendo ligações do trabalho no meio de um dia de folga, no meio da noite. E todos estão tão absortos em suas vidas vazias e necessitadas de "algo mais" que não se dão conta de que se privam de viverem realmente para viverem trabalhando. Claro que é necessário o esforço, a final há contas que precisam ser pagas, mas ao mesmo tempo somos pessoas, e como pessoas, precisamos de tempo para sermos de fato pessoas. (entenderam?)
 Ninguém está imune, e todos precisamos nos dar conta do que nos cerca e do que temos como prioridade. E em uma sociedade como a atual, onde os valores estão totalmente invertidos e pouco se pensa de maneira aprofundada sobre qualquer questão, temo que seja dificil concientizar a maioria de todos esses fatos. Mas é evidente de que precisamos analisar a maneira como vivemos para saber se estamos de fato vivendo ou apenas passando por aqui sem um real propósito.
 Claro que é impossível mudarmos de um dia para o outro um tipo de comportamento ao qual já nos acostumamos. A mudança de pensamento e ação precisa de tempo, mas para isso, é necessário que estejamos dispostos a usar isso a nosso favor.
 È incrível como as pessoas perdem as rédeas das próprias vidas, e se tornam tão absurdamente sem graça, superficiais e vulgares. E as criaturas vulgares não possuem encanto algum. Não há beleza em suas personalidades. Não pelo fato de cometerem erros, porque todos os cometemos, mas simplesmente pelo fato de que não se dão conta nem querem mudar isso. Isso é tão comum. E o comum não excita a imaginação.
 Precisamos realmente parar para pensar no tipo de pessoas que somos agora. Pois como já diria Oscar Wilde: "somos o que somos, e seremos sempre o que temos sido."

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Crítica e preconceito

 Atualmente as pessoas não sabem mais a diferença entre preconceito e crítica. Não sei exatamente o que desencadeou essa onda de alienação, essa neura que as pessoas tem de estar sempre sendo perseguidas pelas opiniões das pessoas com quem elas não concordam como se fosse algo pessoal. O que a maioria não percebe é que não concordar com certas atitudes, hábitos e vertentes não te torna uma pessoa preconceituosa, te torna apenas alguém que tem capacidade intelectual suficiente para criticar o meio em que vive e decidir o que gosta ou não, o que é bom ou não para si próprio.
 Eu posso criticar qualquer atitude humana, além de poder criticar ideologias, gostos e comportamentos, dentro dos meus próprios limites éticos e dentro do meu espaço. Enquanto eu não estiver ofendendo nocivamente uma outra pessoa, eu tenho todo o direito de dizer o que penso, e posso faze-lo quando e onde bem entender. E isso não me tornará preconceituosa. Se as pessoas se contentam, se satisfazem e concordam (ou fingem concordar) com tudo, isso não significa que eu também seja obrigada a ter esse tipo de atitude conformista que não se enquadra no que eu acredito.
 Esse tipo de comportamento infantilizado, a repressão do pensamento e o ideal falido de que o mundo deve concordar em tudo como um todo, são, na minha opinião, as principais causas para vivermos em uma sociedade com pessoas cada vez menos independentes, menos capazes de decidir por si próprias o que realmente acham melhor para suas vidas.
 A idéia de um mundo globalizado, acabou gerando um processo meio cataclismico onde o que foi vendido e globalizado foi o conceito de individuo, e isso, pra mim, não é aceitável.

domingo, 15 de julho de 2012

Acontecimentos

 Neste momento tudo acontece; as coisas acontecem em nós, e além de nós, publicamente.
Somos apenas o eixo que atravessa encontros, desencontros, e até mesmo a súbita sessão do imprevisível.
Tudo exibe e retorce o seu flagrante e os maiores absurdos continuam caindo sobre os homens.

Há quem esteja agora trabalhando.
Alguns sorriem, outros choram e gritam.
Há também os que sufocam o grito e jogam os punhos para cima, amortecendo a camisa de força do destino.

Mas há também sonâmbulos que lustram a prata da palavra,
e os que sabem que a arquitetura do silêncio é outro lugar comum, outro descarte inútil, outro lance na solidão.

                          ...

...Tudo o que se faz aqui, em busca do ego, comparo ao mar, lançando espuma contra a serenidade dos rochedos.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

O indivíduo e a sociedade

 O ser humano é um ser que busca sentido. Mas qual é o sentido real em viver? Porque as pessoas vivem? Porque algumas pessoas existem-no-mundo enquanto outras são-no-mundo?
Vendo de um ponto de vista onde "minha vida faz sentido, logo, existo" o fato é que a grande maioria dos seres humanos não precisaria estar viva. E isso é meio triste. Saber que a maioria das pessoas não se pergunta o motivo de estarem aqui. Acordam todas as manhãs, abrem suas janelas rotineiramente, e nem se dão mais conta do dia que se abre por trás dela. Das possibilidades de fazer algo diferente, de ser diferente, de encontrar um propósito, de realizar um sonho, ser melhor..
  E assim as vidas se vão, muito rápido, sem que nada de realmente marcante tenha sido vivenciado. As pessoas levam para os seus túmulos tudo que o queriam em vida, e que, muitas vezes, não tiverem coragem suficiente pra correr atrás. Morrem com sonhos que poderiam ter sido realizados com um pouco mais de esforço. Cada vez mais eu penso que o mundo está muito cheio, de gente muito vazia. .

  De quem será que é a culpa disso? será que é só das próprias pessoas como indivíduos? Talvez não. Talvez seja mais que isso. No fundo, o problema é a massa, as pessoas como sociedade. A sociedade impõe padrões de vida, dita a moda, diz o que você deve ouvir, do que deve gostar. E em meio a tudo isso, a tantas coisas fúteis e muitas vezes inalcançáveis, a maioria desiste. Desiste dos próprios sonhos, dos próprios ideias, pra correr atrás do que é melhor visto em uma sociedade de ideais falidos. 
 Se todos se esforçassem um pouco mais pra pensarem sozinhos, fora da bolha sem ar que as cerca e que não permite, de forma muito subjetiva, que se tenha idéias realmente originais, criativas e revolucionárias, viveríamos em um mundo com muito menos pessoas frustadas com as próprias vidas. 
 A triste verdade é que a maioria não está de fato vivendo, abrangendo todos os possíveis significados dessa palavra, lutando por um ideal. Estão apenas passando por aqui, pensando que a passagem será eterna. Realmente lastimável a forma que a sociedade tem de matar as pessoas que "vivem".

Superficiabilidade

 O que mais vejo hoje em dia são pessoas se preocupando com coisas fúteis que não darão nada de positivo para elas no futuro. E a forma mais visível disso são as redes sociais. Infelizmente acho que pelo fato delas exporem demais o indivíduo, e de que requerem muito tempo pra isso, você acaba percebendo o quão vazias algumas pessoas podem ser. E isso é surpreendente! Eu acho. Porque a internet é um mundo de possibilidades, até mesmo nas redes sociais se pode fazer mais do que postar detalhes minuciosos e inúteis do seu dia, falar sobre cinco amores eternos por ano (chutando baixo), e mandar indiretas pra pessoas que ás vezes, nem te seguem.
  As pessoas tem se preocupado tanto com superficialidades, que se esquecem que o relógio da vida age com crueldade com quem se baseia apenas na aparência. Construir uma casa começa pela fundação e o acabamento é última coisa que se faz, mas é a primeira que é destruída pelo tempo. E a maioria se preocupa mais com o que parece, com que os outros pensam, do que com o que elas pensam sobre si mesmas. Estão mais interessadas em parecem "boas", no conceito dos que ela admira e pelos quais quer ser admirada, do que serem realmente boas como seres humanos, como pessoas.
  Mas sabe qual o que me consola? é que o mundo gira rápido e com um propósito. Um dia ou outro, as pessoas vão se dar conta dos erros que tem cometido. Tomara que não seja tarde.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Felicidade

 Essa pequena palavra de apenas 10 letras, mas milhares de significados...
È sobre isso que eu quero falar.
  Todos a idealizam, mas poucos a conseguem.
è impossível encontrar o real significado de felicidade se o buscar no dicionário, ou se tentar, com alguma tese, a tentar definir. Já diria o poeta: A poesia não se entrega a quem a define. (E que mais é a felicidade além de pura poesia?)
Isso não é possível por que para cada um a felicidade tem um significado. Seriam necessários milhares de dicionários para descrever essa única palavra.
Por exemplo: para alguns, a felicidade se resume a ter muito dinheiro, posses, poder, status... e há aquelas pessoas para as quais uma tarde de sol, um momento em família, uma palavra objetiva na hora certa, o simples ato de encontrar a paz do silencio interior, basta como definição de felicidade.
 Pra mim, a vida é muito mais que  status social,  sua conta bancária. No fundo o status é apenas uma máscara, ele é a forma pela qual  você quer ser visto. Mas as máscaras sempre caem. Por isso, felicidade é acima de tudo, ser você mesmo.
Alguns dizem: felicidade não se compra. Outros dizem: Diz isso por que não sabe onde vende.
Eu sei que pode parecer que eu estou generalizando, mas eu sei que pessoas muito ricas, acabam perdendo a alegria de viver, perdem a felicidade que poderiam ter,  se não se preocupassem tanto com coisas supérfluas, e não gastassem tanto tempo o pensando se as pessoas que os cercam o fazem porque realmente gostam deles ou se só estão interessadas no que eles possuem.
Como eu sei? Já sabia que isso ia passar pela sua cabeça...
Minha mãe trabalhou algum tempo em uma clínica psiquiátrica de classe alta.
Ela me contava cada coisa, cada caso, de inúmeros pacientes, que tinham muito dinheiro e nenhuma autonomia, amor, liberdade ou felicidade.
Não estou dizendo que um rico não pode ser feliz.
È importante estar na zona neutra. Se esforce pra ter dinheiro, e ser bem sucedido na vida, mas não faça disso sua única meta, sua única preocupação. Já disseram: Nunca confunda seu trabalho com sua vida.
Una a sua busca por felicidade financeira: paz de espírito,amizades verdadeiras, aquelas que dinheiro nenhum compra.
 No fim de tudo, são desses pequenos gestos, pequenos momentos que você vai lembrar.
No seu leito de morte, você não vai pensar: "Á, se eu tivesse investido naquela empresa" ou "Se eu tivesse trabalhado mais..."  -Mas sim: Ah, Se eu tivesse dito aquelas palavras, se eu tivesse dado aquele beijo, se tivesse tido coragem pra fazer aquilo...
E depois de morto, as mensagens deixadas por seus amigos e familiares, dificilmente serão: "Era tão bom homem de negócios!"  -Mas dirão: "Era um amigo fantástico, um ser humano extraordinário."

E ai, como você quer ser lembrado? O que realmente te faz feliz? Traduza você mesmo a palavra FELICIDADE, e a enquadre em sua vida.

sábado, 14 de abril de 2012

Disposições finais

 Não é preciso que me visitem se estiver doente, embora o convívio com os amigos seja, comumente, agradável.
 Não é preciso que exclamem, por estar morta: "coitada", "que pena!" Embora esse seja um uso normal na terrena vida.
Não é preciso trazerem flores, embora o mundo das flores seja como o dos mortos, profundo e belo. Não é preciso vestirem luto - Nem isso a mais ninguém ocorre... - embora ajudasse a apagar quem morre, com mais sombra.
 Não é preciso noticia ou comentário avulso, embora eu sentisse o mundo bater no meu pulso, tão forte.
Principalmente, é preciso que ninguém chore nem me recorde com tristeza, porque seria absurdo, contra a natureza das coisas:
 Os mortos não querem nada, no seu reino grande e frio, e estão livres de convenções, e nada vale o amor tardio. O amor, enfim.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Perigo de amar

 Você reclama sua liberdade
pensa que é isso o que quer
asas para voar
o mais longe que puder...

 Você pode correr o quanto quiser do amor
mas se realmente for amor,
ele o encontrará...

 Vai agarrá-lo pelo calcanhar
e puxá-lo para dentro...
Você não poderá ser indiferente a ele.

 Sua única dor é não sentir nada
pensar que não sente
sentir o que sente
mesmo sem querer sentir.

 Diz não saber demonstrar
parecer fraco por amar
aos perigos se expor
perigo de sentir amor...

 Se o amor se torna assim
tão vulnerável
que amar acha pouco provável
a ponto de se esconder,

 Se fechas as janelas de tua alma,
com medo de sofrer,
melhor me é ficar do lado de fora
sem amor não vou viver!

 De que adianta tanta proteção
tornas negro teu coração
e á outros fazes sofrer...

 Prefiro me machucar
pisar nos espinhos da flor
porque sei do conforto das pétalas
que encontrarei nos caminhos do amor...