sexta-feira, 30 de julho de 2010

O último

Assim eu queria meu
último poema:
Que fosse terno, dizendo as coisas
mais simples e menos intencionais;
Que fosse ardente como um
soluço sem lágrimas;
Que tivesse a beleza das flores,
quase sem perfume;
A pureza da chama em que se consomem os
diamantes mais límpidos.
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Momentos de paz

Céu azul
Vento suave
Borboletas...

Sol aconchegante
Cantar de pássaros
E novamente uma brisa sopra em meu rosto...

A vida devia ser sempre assim,
Como esse céu azul...
Essa vida pulsando alegre,
Borboletas em seu vôo tranqüilo...

Pássaros cantando alegremente,
Porque sabem que em algum lugar encontrarão seu alimento,
E nada mais têm a fazer, senão cantar...

Vejo crianças brincando,
Seus olhinhos inocentes
Risadas gostosas...

Elas nada mais têm a fazer
Senão brincar e ser feliz,
Pois sabem que mamãe e papai
Estarão lá para darem o que necessitam.

Imagino-me no lugar delas
Como criança que sabe que seu PAI está a olhar
Aqui estou no jardim da vida:

Às vezes chorando,
Às vezes sorrindo...

Mas  sei que o meu PAI
Está a observar:
Cuidando,
Direcionando,
Instruindo...

Sei que cada momento da minha vida é único
Cada lágrima tem seu significado
Cada degrau tem sua importância,

E cada sorriso me faz lembrar
Que tudo valeu a pena.

sábado, 3 de julho de 2010

Heath Ledger

 Hoje eu assisti a um filme, Batman o cavaleiro das trevas. E me deparei com o Curinga. Analisando o personagem percebi o ator por trás dele.  E agora vou escrever sobre sua morte, de alguns anos atrás, como se tivesse ocorrido no mesmo momento em que vi o filme. Estou postando esse texto agora não só para homenagear meu ator preferido, mas também pra tratar de outro assunto que está interligado.

Morre um ator. Morre uma vida. Morre um ser humano. Mais uma vez me pergunto se dinheiro e fama podem fazer bem à uma pessoa. Claro que existem exceções, mas parece-me que todos esses atores e atrizes, cantores e Cia vivem drogados, solitários, jogados em quartos de hotéis, procurando diversões que seu dinheiro possa pagar... Não confiam em ninguém para se relacionar, porque as pessoas que deles se aproximam, comumente o fazem por interesse comercial.

Não raro se vê nos tablóides as “Britney Spears” e as “Amy Winehouse” , envolvidas em algum tipo de escândalo, (a primeira é a campeã), fotografadas bêbadas, drogadas, chorando pelas ruas sem se importar com o que os outros estão pensando, (claro, pra quê se importar? E cá entre nós, deve ser terrível ter fotógrafos por todo lado fotografando sua vida e colocando sua tristeza nos jornais como se fosse entretenimento...)
... e quando vejo isso sinto pena.

Quando vejo coisas assim meu coração dói porque algumas pessoas pensam que o dinheiro seria a solução para seus problemas, e vendo o exemplo de algumas dessas vidas “abastadas”, vejo que melhor lhes fôra serem pessoas talvez não pobres, mas não tão ricas, não tão famosas.

Heath Ledger foi apenas mais um. Pessoalmente eu o admirava como ator e como cinéfila que sou, assisti à muitos dos filmes que ele já fez entre tantos outros que já assisti. 

Eu o imagino solitário, em seu apartamento tão luxuoso, sem UMA companhia, ninguém para confiar e conversar, a ponto de precisar chamar uma “massagista” para lhe fazer companhia. Não que seja contra isso. Mas queria ressaltar o fato de que ele estava só, e é isso o que me entristece.

Tento imaginar o que poderia estar passando pela cabeça dele. As tristezas, a depressão... Lá estava ele: Lindo, rico, famoso, desejado por muitas mulheres. Mas viciado em drogas e sozinho.
A imprensa diz que ele já estava depressivo antes de fazer o personagem “joker”, o famoso “Coringa” de Batman. Personagem sombrio que acabou afetando Heath pessoalmente. Não conseguia mais dormir e por isso tomava remédios...

Em entrevista ao "New York Times" de 4 de Novembro, Ledger revelou que as filmagens do novo Batman o deixaram física e mentalmente exausto e que precisou tomar pílulas de um remédio chamado “Ambien” para conseguir dormir. O medicamento oferece riscos se ingerido em excesso ou misturado com álcool. Misturando tantas coisas, acabou tendo uma overdose... Prefiro pensar que ele não quis causar a própria morte. Tão jovem, tão bonito, com tanta vida ainda para viver... Os "amigos" que diziam que isto já estava previsto, nada fizeram para ajudá-lo.

E o mundo perde um talento.
E os pais perdem um filho.
E a filhinha perde o papai...
(...Numa dessas reportagens a vi chegando à Nova York com a mãe, toda sorridente: Não tem nem idéia do que aconteceu. Crianças... como é bom ser uma. Bem cuidada, claro. Mas esse é outro assunto.)

E como se não bastasse a dor da perda, uma “Igreja” homofóbica, promete distribuir no funeral de Heath panfletos, os chamados “flyers” com dizeres terríveis condenando-o pelo seu papel de homossexual no filme
“O segredo de Brokeback Mountain” e dizendo que ele já está no inferno. Que falta de humanidade para com os familiares!!!
Fiquei indignada ao ler tal notícia, porque essas pessoas se julgam capazes de condenar alguém.  Simplesmente inaceitável. Algumas pessoas se esquecem de que esse é um direito EXCLUSIVO de Deus.
ELE decide quem vai ou não para o inferno... Só ELE sabe, o que se passava no coração de Heath antes de morrer...
... Desrespeito com o SER HUMANO antes de tudo.

E entre tantas coisas, fica a lembrança de alguém que por aqui passou e sua marca deixou. Infelizmente, envolveu-se com drogas. Tentava se libertar... Que pena que não conseguiu... Trágico fim...

Uma grande perda para o cinema... Uma grande perda para a família.

Descanse em paz Heath Ledger...

sexta-feira, 2 de julho de 2010

(...)

 Contaria uma história simples, facílima: a história da minha vida.
E todos pensariam que dramatizava um fabuloso feito, um mito inverídico, e não diriam: "Que criatura de dor!",
Mas: "Que imaginativa criatura!"
 Então prefiro devolver ao silêncio essa espécie de monstruosa aventura sobre a qual todos se sentiriam capazes de opinar, sem a conheceram.