quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Crítica e preconceito

 Atualmente as pessoas não sabem mais a diferença entre preconceito e crítica. Não sei exatamente o que desencadeou essa onda de alienação, essa neura que as pessoas tem de estar sempre sendo perseguidas pelas opiniões das pessoas com quem elas não concordam como se fosse algo pessoal. O que a maioria não percebe é que não concordar com certas atitudes, hábitos e vertentes não te torna uma pessoa preconceituosa, te torna apenas alguém que tem capacidade intelectual suficiente para criticar o meio em que vive e decidir o que gosta ou não, o que é bom ou não para si próprio.
 Eu posso criticar qualquer atitude humana, além de poder criticar ideologias, gostos e comportamentos, dentro dos meus próprios limites éticos e dentro do meu espaço. Enquanto eu não estiver ofendendo nocivamente uma outra pessoa, eu tenho todo o direito de dizer o que penso, e posso faze-lo quando e onde bem entender. E isso não me tornará preconceituosa. Se as pessoas se contentam, se satisfazem e concordam (ou fingem concordar) com tudo, isso não significa que eu também seja obrigada a ter esse tipo de atitude conformista que não se enquadra no que eu acredito.
 Esse tipo de comportamento infantilizado, a repressão do pensamento e o ideal falido de que o mundo deve concordar em tudo como um todo, são, na minha opinião, as principais causas para vivermos em uma sociedade com pessoas cada vez menos independentes, menos capazes de decidir por si próprias o que realmente acham melhor para suas vidas.
 A idéia de um mundo globalizado, acabou gerando um processo meio cataclismico onde o que foi vendido e globalizado foi o conceito de individuo, e isso, pra mim, não é aceitável.

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