segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Perdão

Desculpa o tanto que te fiz mal
e esquece tudo o que te fiz de bem.
Desculpa o meu amor tão natural
e que por ser assim foi mais além

E te deu essa forma de horizonte
que se abre nas laminas de Abril,
sempre tentando aproveitar o tom
das nuvens para o teu perfil.

 E num giro de luz (lua e farol)
anoiteceu teu corpo sem nenhum sinal
que revelasse a tua imagem.

E da raiz mais limpa da manhã
foi colhendo a essência até a última
gota de orvalho, neste afã de te dar
sempre a gota mais azul.

E amou teu nome de silêncio e mel;
e amou teu canto de distância e fim.
Esquece agora quem te foi fiel,
Desculpa o tanto que te dei de mim.

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